a imagem saindo
onde se encontrou
sendo a imaginação
feita de cor na cor
com o recorte feito
qual colorido verso!
ser poeta é ser mais alto
junto das mulheres
é fazer amor
como tu bem queres!...
e dize-lo cantando
em toda a parte!...
e que não nos falte
ter toda/s tu_as partes
ateu religioso
que nem eu...
sempre se safa
fazendo...
a poesia fluir
afluindo...
onde
você aparece
claro que cada poema parece alimentar
novo desejo pronto a parir,
é necessário ser corajosos e dizer:
musa, agora vai-te foder!...
quem quer ser corno
da sua maior fonte de prazer
quando usa as mãos
dizendo "falo"?...
falas-me da falta
de sentido
denuncias
os teus sentidos
falando
do que sentiste
eu medito
todos os sentidos
os vícios não existem
por outra razão
fazem mal
mas sabem bem
podemos chorar
a fazer versos
mas há sempre
o reverso da medalha
Começa na forma como te alargas, me sugas, te deixas toda... penetrar e a alma nasce, cresce e fica pronta a explodir: para a vida poder recomeçar de novo!...
Com jeito, havemos de conseguir tudo, se deixares, quiseres, pedires, desejares: aí nascem as orações que os deuses atendem!...
Comenta aqui, entra no meu tear, deixa-te atear e dizes-me as palavras que só sabes dizer quando fazes amor e não têm verso, nem reverso, são carícias do momento: palavrões cheios de talento!, ais, uis, sinais... e eu cheiro-te toco-te tenho-te por inteiro!
dizer ar_te
é ter a certeza
que o mundo
não acaba aqui
e aqui começa
dizer-te ar
que respiro
só porque te
posso pensar!
dizer-te ar
das minhas
ideias e veias
dizer-te ar
da inspiração
dizer tear...
pena ainda não te conhecer
quando escreveste
isto...
o teu poema
ia...
vai agora pertencer-me m!+
quero essa tua presença
em que vendo as costa
posso ver-te o rosto
enquanto pintas os olhos
ficas a sorrir-me, a ver
o meu olhar de espanto
quando me deixo apanhar
a pensar no teu rosto
o teu rosto tem um rasto
na minha memória
onde sou canino,
talvez apenas menino?
vejo-me por dentro
desse rasto do teu rosto
onde as palavras
julgo não chegam
sei que estou em falta
para comigo mesmo,
desde que deixei
de falar de ti
o tempo começa
a correr ao contrário
do ponteiro dos relógios
isso permite
uma desconhecida
indiferença
aos poucos, devagar
vão ficando vazios
os versos; ainda...
espero sem esperança!
quando a frase se deita e cresce
e apenas vai parar para me deixar...
fazer um verso
suspirar... como se quisesse
a tua mão nos meus cabelos
pela noite dentro enquanto durmo
o imenso pudor
dum amor à distância
é caótico
quero dizer uma palavra,
qualquer e
é como se não existisse
e é
o jogo
a única solução!, o imenso...
quando falas em pernas
sinto sobre elas
estas palavras
onde enleio
eu prazer
que mais
posso
...
d
i
z
e
r
!
...
?
a estranhesa há-de ser sempre
uma bicicleta,
isto se nela procurarmos
pedais...
mas adoro tocar de leve
a certeza
onde deixas as marcas nuas,
pés
descalços nos teus versos...
regressei com aquela fome
que às vezes conheço de noite
semelhante ao silêncio
e começo a cantar!
Meu caro,
os teus poemas
tem aquela qualidade
que me trás a poesia
a comer nas mãos
o meu sonho
de ser ave
faço um poema
destas aves que vêm
poisar na ilusão
e escrevo-te
evocando
a tua presença
como uma realidade
onde esta ocupa
tempo próprio
vem daí esta
carta sem tempo
propriamente
momento apenas
instante
insistente_mente