sexta-feira, abril 28, 2006

impunidade

Puta que pariu!
Vim para aqui, para um canto,
Para fazer um canto
 
Onde ninguém nos ouça
A ti e à minha voz
Onde eu e tu somos nós!
 
Estou histérico
Como uma mulher
Parindo um monstro!
 
Só tu nos podes salvar,
Isso deixa-me feliz
Entregue à impunidade
 
(É pungente o teu poema,
 "monstro" a ser gente!)

poema a v.

V
num
V
perfeito

V
é você

por direito!...

quinta-feira, abril 27, 2006

em paz

*EM PAZ

Seguro a faca com os dentes,

Atiro-a ao ar e engulo-a;

Fecho os olhos, morro.
Não resulta, corro...

Até terminar

Os versos

Nus!...

O sexo cai-me

Numa excitação,

De burro ergue-se!

Fico feliz e deixo a poesia *

sexta-feira, abril 14, 2006

pensamentos

1

se alguém me escrevesse

e nunca me respondesse

eu deixaria de ler...

se não se desse o caso

de me escrever versos


aí... pensaria duas vezes


2

a verdade é esta

agradeço cumprimentos

mas sem agradecer


o seu comprimento

mede o tamanho do luar


como uma luz reflectida...


3

«você é luz

é raio é estrela

é luar»


eu sou

um passatempo


onde perco meu tempo...

primeiros versos

Sente

como as palavras

podem ser belas donzelas!

sexta-feira, abril 07, 2006

sobre e sob

se me lembrasse de alguma coisa,

não precisaria de imaginação

para escrever assim...

assim como um pássaro

a distrair-se

tendo a fruição do ar sob(re) asas

quinta-feira, abril 06, 2006

poetisa

cantora
de canto
e encanto!

pensando na noite

ao anoitecer

alongo as pernas

na varanda

 

esperando

que o Sol se ponha

 

excitando-me...

terça-feira, abril 04, 2006

a sentir o poema

pego em palavras

ao acaso até

juntar

 

o número delas

de forma

 

a sentir o poema

eu verto

não há magma que não ferva
na bela descrição
do poema

onde a pele se desenha
no papel

onde o virtual é real!...

segunda-feira, abril 03, 2006

antes do segundo...

quando falamos com uma pedra
a pedra é indiferente
mas não nos é indiferente
a nós a pedra com que falamos
 
eu treinei com uma e consegui
atingir a indiferença
mais completa até chegar
àquela que considero absoluta
 
já nem ligo falo para uma noz
e, se me sentir inspirado, fico
em silêncio ouvindo esta voz
onde me faço seco como figo
 
e caminho para a cama e meço
o tempo que levo a adormecer
e não passo do segundo minuto

catarse

Se o silêncio falasse
tu eras um saxofone!
O insulto chegaria ao Céu
mas Deus continuaria surdo!

afago...

afa(go)

Ofegante ofeguei

achando ter neste

instante achado o

o

o

cubo ao quadrado

baile

o bailado das aves
era mais leve
que o ar