quinta-feira, setembro 18, 2008

UM DIA?

I
dias como o de hoje,
o de ontem ou 
o de amanhã, 
nem sei de que dia 
escrevo,
dia inexistente: penso 

II
destes não sei viver,
escrevo depressa,
deixo passar 
este dia. passado onde 
o verso se (a)funda 

III
haverá algo para ficar? 
só a dúvida vem,
não passa, 
passar, o passado 
não fica, 
como (se) não (es)tivesse… 

Assim? (fico na interrogação)

sábado, setembro 13, 2008

SOLIDÃO


I
a solidão dá-me saudade
dela solicita presença
da minha ausência

a solidão parece
nunca estar

quando sozinho me sinto

II
é um solo de sensações
emergindo nascente
vegetação a provir

virgem um solo
música nua

melodia de ritmo parado

III
estou sempre contigo
eu em mim contigo
nós sempre sigo

um nó cego
no vazio

a beleza até ser (i)mortal

INDAGAR


eis um verbo!
a afagar-me!
como adaga!

sexta-feira, setembro 12, 2008

SUSPENSA


a poesia fica
quando nos toca,
poisa como beija-flor...