sexta-feira, março 31, 2006

pau

para não ser mero acaso

estudo o caso, pau_sa-

da_mente!...

acrescento mais uma

estância: até...


até lhe dar c'um pau!...

(pau pé_r_rimo?)


o nosso osso

no momento seguinte

já não sou eu, és tu

quem me lês aqui

 

onde os versos são

meus eus teus e

 

um verso só... nosso

quinta-feira, março 30, 2006

lento

de olhos fechados

satisfeito ficarei

até adormecer

 

ou acordar ainda

nos teus lábios

 

abertos ventosas!...

movimento lento

um movimento lento
não é o que tento
antes desenho
palavras que tenho
para te dizer
como te posso ter!...

ver

"o amor a inventar palavras"
Nem que para isso isto fosse visco, as palavras coladas, caladas, caídas, coadas, com... o Silêncio com ossos do Biáfra: escanzelado neste esqueleto de cão, cheio de comichões sarnentas! E isso, isto, o quê!! Imensamente o quê?? A língua arrancada à Língua! Eu, assim..., apaixonado por tudo o que dizes: em rigor, estupidificado de felicidade, alegria ou o mais puro espanto estampado no rosto que olha sem se ver (imagino).

ver e rever

rever

nunca é a mesma coisa

que ver...

terça-feira, março 28, 2006

pipa

«na brisa que fica entre o teu respirar e meu suspiro»(Magia)
 
solto um primeiro verso
«na brisa (...) suspiro»:
dele faço este colorido
 
papagaio correndo
pelo fio da voz sedutora
 
para de_correr leitura...

segunda-feira, março 27, 2006

movimento do fogo

chama por mim
o movimento do fogo
no interior das palavras
 
a brasa ateada
pelo nada que é tudo
 
o nítido mito eleito feito!

sexta-feira, março 24, 2006

um solo

UM VIOLINO (SOLO)
Na calma desta música
imagino um solo
de violino

a arrancar o coração
pela garganta

metáfora da emoção!...

em ti...

florescem palavras
com ternura feitas
para serem eternas

ficam em melodia
como aroma forte
alimento memória

liberta na pureza
sabor a sobremesa

opíparo um prazer
feito arte e dizer.!.

quinta-feira, março 23, 2006

momento perfeito

quando me sentes
porque me sabes
o que sinto...
 
digo-o e sentes...
desejo!
 
e apenas escrevo...
(beijo)

(a)prenda

o que nos solta

nos outros

é

o que nos

prende a eles...

quarta-feira, março 22, 2006

idade

fala com a casa
como memórias
falando-me de ti
 
alarga sombras
a saudade voa
trazendo-a a si
 
fala sem pensar
é saudade nua
voa como vulva
 
nu entre-tempo
coração-pulsão
imensa ilusão...
 
ponta das letras
onde dedos vão
as palavras são!...

 
de sexo e poesia

poesia pura

imagino-te a ti

de voz sedutora

intensa e sensual

 

a subir por mim

a vibrar do chão

 

- palavras soltas

somos felizes

das mãos
as palavras saem
como saias...
 
quando despimos
a fantasia
 
ou uma mulher...

sábado, março 18, 2006

nu prazer

entregue a ti

mais humano

... pura poesia...

necessitar

I
*... necessária
1
mostra a leitura
como um momento
de entrega que é
 
quando realmente
acontece poesia
 
e a inspiração é...*
 
2
quando assim é
a própria escrita
vem, independente
 
das palavras, sai
para ser muito mais
 
respiração... inspiração!
 
II
1
não esperes a chuva
quando podes lavar
as mãos na torneira
 
o sentido prático
não faz parte ainda
 
mas pode nascer aqui
 
2
a impermanência
dum sentido ocupa
agora o trânsito
 
dos astros moldando
o destino a vir
 
onde os versos são!
 
III
1
tudo ocupa o ser
e ser ocupa ser
o próprio poema
 
onde a poesia foi
uma premonição
 
até ficar com/clu/ida
 
2
movimento binário
em ritmo ternário!!!

quinta-feira, março 16, 2006

quase

A PALAVRA É QUASE

/ TUDO!

Pode não ter importância?

Impor a ânsia é tudo

menos asiático...


Não sei do que lembrei,

resolvi di_vagar...


sobre a beleza deste texto!

terça-feira, março 14, 2006

foram rosas

tudo mais que veio

com as mãos

caiu

abertura do diafragma

na abertura do diafragma

dá-se a inspiração!

 

quanto ao que sei

gostaria pudesse

proteger do frio

 

o corpo da poesia,

o corpo da poetisa!

imaginar a luz

é duma exactidão

que chega a doer nos olhos,

a luz do Sol

 

mesmo à noite

quando a procuro aqui

 

a imaginar a luz!

sexta-feira, março 10, 2006

e(m) arte

brinca comigo

olhar e lê-la

sou!?...

todo eu teu

... a tua ausência

o mar entrando na maré cheia
pelo rio acima

a boca
desenhando os lábios

sinto na tua presença um beijo
e sei de cor...

incerta lavra

impossível saber ao certo

o que inserto na palavra

faz com que ela de perto

seja uma “incerta lavra”

 

nesta dúvida a certeza

duma rima em beleza!

 

dada em duas parelhas

rimando até às orelhas!

quinta-feira, março 09, 2006

beijo solto

indo ao sabor do desejo

deixo um beijo solto

numa rima interior

segunda-feira, março 06, 2006

tango

quando te tenho

nos meus braços:

é tudo... fandango!

sábado, março 04, 2006

poderes do poeta

Para: R

 

Para que possas rir e ser feliz

desse modo, rindo, se te apetecer

Sempre pus a hipótese de seres

tu uma outra pessoa, ainda hoje

continuo sem saber quem és

Mas não está em causa eu saber

quem sejas, pois sempre serás

quem quiseres, souberes, poderes

quarta-feira, março 01, 2006

precipitado

quando isso acontecer,

o que estás a pensar...

sente: fiquei a sentir

 

já só falta completar

mais um verso para...

 

se precipitar o poema

(a nossa r. é química)

apontamento

a tua poesia
dá-me certezas
que não encontro
em mais lado algum