terça-feira, dezembro 28, 2004

aquela calma

Com aquela calma que acalma a alma
sente as minhas mãos acariciando a pele
seguindo o contacto pelo tacto com o papel
escrevendo lentamente, sente “aquela calma”

Como se fosse um sonho embala aqui a alma
seja ela que parte for do todo, sente a tua pele
e o calor do Sol e a praia e o calor neste papel
onde ele lê em pele e papel: rimas de calma…

Cosmos dum equilíbrio ideal e inexistente
a não ser quando parece possível ter a alma
em perfeita sintonia a traduzir-se em calma
e o que se sente não é mais que sentir gente

Comovo-me com a pele das tuas costas
cosmos onde flutuo gestos imersos imensos
como uma onda capaz de atravessar sensos
com a extensão dum só sentido que mostras

“Aquela calma” com que quis um verso!...

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