assim me calo. num segundo acontecer as palavras já não dizem absolutamente nada. construo -te no poema. e ele não me faz esquecer: é no espinho mais agudo que um rouxinol deixa o sangue do seu próprio sangue. e quando canta todas as palavras cessam. o silêncio que precede as coisas importantes pode ser assim. calo-me.
o amor pode ser esta doença esta nudez nas palavras e um coração trespassado. rompe a madrugada. chegas primeiro tu e depois o rumor do sol: no bico do rouxinol essa pequena pequena dor é uma canção suave suave como asas como adejar de penas.
cega-me cega-me a tua luz. e a canção da manhã sabe-me na boca ao sangue do rouxinol.
beijo
( desta vez li tudo de tudo. muito gostaria de misturar-me... :)
4 comentários:
ao rouxinol do wilde
assim me
calo. num segundo acontecer
as palavras já não dizem
absolutamente nada. construo
-te no poema. e ele não me faz
esquecer: é no espinho mais agudo
que um rouxinol
deixa o sangue do seu próprio sangue. e quando canta
todas as palavras cessam. o
silêncio que precede as coisas importantes
pode ser assim. calo-me.
o amor pode ser esta doença
esta nudez nas palavras e
um coração trespassado.
rompe a madrugada. chegas primeiro
tu
e depois o rumor do sol:
no bico do rouxinol
essa pequena
pequena dor é uma canção
suave
suave como asas como adejar de penas.
cega-me
cega-me a tua luz. e a canção
da manhã
sabe-me na boca
ao sangue do rouxinol.
beijo
( desta vez li tudo de tudo. muito gostaria de misturar-me... :)
*A ESCREVER
enquanto me escrevias,
escrevi-te: assim
nus escrevemos
pois não sabiamos
que nos estavamos...*
pois não sabíamos
que nos estávamos...
pois não sabíamos
que nus estávamos...
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