i
aposto
que tens segredos
dormindo com a Lua
podendo, acredito,
dizer
“a palavra íntima”
ii
hoje
não me peço
para acreditar em nada
acredito, podendo,
fazer
“um pensamento”
iii
choro
como Madalena
arrependida
por ter pecado
sem pensar
a claridade
iv
hoje
em dia
só os milagres
interessam, pouco,
de verdade
aos poucos
v
lá
vou eu
mais uma vez
dizer uma coisa
esquecida
a memória
vi
quando
ao nascer
passamos a existir
deixou de haver
segredos
chegamos à luz!
vii
as letras dos números
fazem parte da escrita
o poema assim escrito
viii
ama-me só
quando souberes
porque nos amamos
ix
não há
um dossier
secreto do caso
apenas falta
o zero
antes do um
(e re-contar o infinito!)
x
aqui
neste lugar
cativo dos versos
fica contudo
história
antes da escrita
terça-feira, janeiro 04, 2005
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