quarta-feira, janeiro 12, 2005

fadista do silêncio

Fecho os olhos e escuto
a vida a pulsar ritmada
pelo bater que executo
mesmo assim sem pensar nada

a não ser este ritmo
primordial ao Universo
ao qual dou algoritmo
e a alforria em verso

sons para um soneto formo
nesta composição do canto
onde o silêncio transformo

apenas me mudo expressão
dando rosto ao meu espanto
do silêncio, eu, faço canção!

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