sábado, janeiro 08, 2005

dizeres

i
diz(es)
o teu pau enfiado
no meu rabo
e os teus
beijos

no meu pescoço
matam-me
de gozo

enchem-me
toda...

até à boca!...

ii
dizer(es)
é indecente dar a ler esta poesia
despida de pudor e preconceito
onde o prazer vive por direito
amor amante de ternas melodias

falas das tuas falas cumpiscuas
felonias fundas bem fecundas
das satisfações mais imundas
donde nascem as palavras nuas

iii
diz(end)

dizendo
de todas as fontes
onde lego e lavo em lava
o amor ardente que me abrasa
feito da alma que nos corpos casa


TEATRO (no acto, depois)
- E tu como é que estás?
- Feliz e contente, depois de te ter enrabado, fodido e amado!
[h-ouve(s)-me poisando a cabeça no meu peito, enquanto a minha amiga respira, consolada]

Sem comentários: