(1) um e outro
(entre) no poema e...
finalmente
apenas no final
a mente, uma ideia
somente do que seja
ser gente, decidiu:
se eu não sou
eu sem ser corpo,
eu quero ser
o teu corpo,
passas a ser...
e não conseguiu
decidir nada,
pois nada havia
a dividir, entre
um e outro
(2) retórica elíptica
a beleza do poema
está no seu equilíbrio
ser feito na leitura
de qualquer leitor
equilíbrio instável
e futuro imprescindível
esquece o presente
onde está assente
na pessoa inicial
capaz de conceber
esta retórica elíptica
(3) a poesia ser
i
deixemos a poesia ser
o que é
o que é?
como podemos escrever
sem pensar?
não há resposta perfeita
ii
um Não, um Sim
são irrelevantes assim
simplesmente Sim
ou Não que seja
iii
a conclusão
deve sempre decidir
que o ser possível
é sempre esta
realidade
a ser o que é
iv
o poema
é a identidade
do poeta
o vime
de que é feita
a cesta
se foi
esse o material
que a fez
v
veremos
ermos termos
no dizer concebível
como inconcebível
se o poema fosse
do poeta que foi
e o deixou ficar
estranho seria
e assim é
segunda-feira, janeiro 10, 2005
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